Enquanto a maioria dos combustíveis de escala comercial utilizados no planeta possuem origem fóssil, o biocombustível é uma solução ecológica encontrada para a questão da poluição e degradação ambiental para extração de matéria prima.
A necessidade do biocombustível surgiu em função da incerteza da disponibilidade destes combustíveis fósseis (derivados do petróleo ou gás natural, principalmente).
Embora todo material orgânico seja, naturalmente, uma fonte de energia – pode-se ter como exemplo a madeira utilizada como lenha – o biocombustível é a utilização de material orgânico (em especial, o vegetal) em escala comercial, renovável e adaptável às tecnologias já existentes de consumo de combustível.
Muitas pessoas nem percebem que a utilização de biocombustível já é algo comum e, provavelmente, regular em suas vidas, e este tipo de desinformação gera uma série de preconceitos e concepções erradas sobre o material. Entenda mais sobre o assunto e suas principais características:
Principais Tipos de Biocombustível
Existem diversos tipos de biocombustível, mas alguns deles destacam-se por já serem largamente utilizados:
Biodiesel
O biodiesel é obtido a partir de gorduras vegetais ou animais, e convertido em combustível para motores de ignição por compressão (motores a diesel). Sua principal vantagem é poder substituir o diesel de petróleo e ser biodegradável, não apresentando enxofre em sua composição.
No Brasil, a maior parte do biodiesel é produzido a partir de soja, mas algodão e girassol também são bastante utilizados ao redor do mundo como matéria prima para sua produção.
Etanol
Talvez você nunca tenha refletido sobre isso, mas o etanol é uma forma extremamente popular de biocombustível. O álcool etílico, que pode ser comprado para acender fogo, ou incorporado em produtos de limpeza, higiene pessoal e, até mesmo, em bebidas alcoólicas, é – também – um biocombustível.
No Brasil, quase toda sua produção – que é bastante incentivada por meio de subsídios públicos – vem da cana-de-açúcar, e sua utilização é massiva. A maioria dos carros destinados ao mercado nacional, hoje, apresentam motor flex – que aceita tanto a gasolina, quanto o etanol. Em outros países, é comum ver o etanol sendo produzido a partir do milho, ou de cereais diversos.
Bioquerosene
A importância e o gigantesco mercado de petróleo que existe hoje, ao redor de todo o mundo, iniciou em função de, praticamente, um único produto: o querosene. De sua expansão comercial, ainda no século XIX, como combustível para geração de iluminação durante as noites, até os dias atuais, onde seu uso quase se resume a combustíveis de avião, houve uma série de mudanças.
Uma delas, é a criação do bioquerosene, que utiliza matérias orgânicas para substituir o clássico derivado do petróleo, sendo substituto viável de combustível de aviões.
Biomassa
A biomassa não representa, necessariamente um tipo específico de combustível. Na verdade, “biomassa” é o nome dado a materiais orgânicos que possam ser aproveitados como biocombustíveis de diversas formas.
A biomassa pode ser formada por praticamente qualquer matéria ou resto de matéria vegetal, e ainda dejetos animais (incluindo dejetos humanos) e o lixo urbano. Isto significa poder gerar energia combustível a partir do que geralmente é descartado e gera poluição e emissão de gases poluentes – ou seja: além de dar utilidade ao que seria descartado, previne que este material aumente os níveis de poluição terrestres.