As ondas são causadas pelo sopro do vento na superfície do oceano. A movimentação das ondas indica a existência da energia das ondas, que pode ser convertida em energia elétrica. Em alguns locais do mundo, o vento sopra de maneira suficientemente consistente para garantir um comportamento contínuo das ondas na costa.
Isso representa um potencial energético gigantesco. Com a aparelhagem correta para converter esta energia energia cinética em eletricidade, pode-se obter uma fonte limpa de luz.
Entenda como funciona a energia das ondas, e como esta tecnologia apresenta um potencial enorme:
A disponibilidade da energia das ondas
Obviamente, é necessário ter acesso ao oceano para que se possa desenvolver um sistema ondomotriz. Mais do que isso, são necessárias algumas condições de regularidade do comportamento das águas.
Para entender a utilização destes equipamentos, pode-se fazer uma comparação simples com o uso da energia eólica. O posicionamento dos “cata-ventos” precisa estar em locais onde a passagem de ventos seja regular. Um certo nível de regularidade – tanto na energia das ondas, quanto na eólica – é tão importante quanto a presença de ventos e ondas.
Vantagens e desvantagens da energia das ondas
Obviamente a energia ondomotriz possui uma série de vantagens e desvantagens. No lado das vantagens, por exemplo, destaca-se o fato de ser absolutamente limpa. Seus impactos no que diz respeito aos níveis de emissão de carbono e outros gases nocivos são virtualmente nulos.
Além disso, sua utilização requer uma quantidade moderada de manutenção. Para que siga funcionando, não é necessária a extração de recursos naturais. Isso faz deste tipo de tecnologia, uma opção totalmente renovável.
No lado ruim, estão os custos e o esforço de desenvolvimento tecnológico. Os esforços ainda são muito incipiente, tendo dificuldade de aplicação em larga escala. Isso torna a barreira de desenvolvimento inicial ainda distante.
Adicionalmente, um local com uma planta energética destas instalada, inutiliza a área. Isso significa que em uma região onde aproveita-se energia das ondas, não se pode explorar a pesca, por exemplo. Portanto, embora os impactos ambientais sejam pequenos, os impactos sócio-econômicos são significativos.
Tecnologias ondomotrizes
Atualmente, estuda-se o uso de basicamente quatro tipos de tecnologias para captar este tipo de energia. Estes dispositivos são:
Terminais
São pequenas torres instaladas na costa, por onde as ondas passam. Sobre o terminal, há uma turbina. Em sua base, há água que acumula-se em uma coluna. A água em sua base isola uma certa quantidade de ar na parte superior, perto da turbina. A passagem da onda faz a coluna de água subir e descer, em um movimento semelhante a um pistão. Esta movimentação gera o funcionamento da turbina, que converte a força cinética em energia elétrica.
Atenuadores
Atenuadores são estruturas longas e segmentadas, que flutuam de forma paralela à direção da onda. Elas ficam sobre a onda como um navio. Sua estrutura possui várias segmentações, conectadas por pequenas bombas hidráulicas. Quando a passagem de ondas movimenta estas bombas, elas alimentam um transformador, que gera energia e a envia para a rede.
Absorvedor flutuante
Esta tecnologia é muito semelhante à primeira, de terminais. A diferença é que ela não é instalada no chão do oceano. Na verdade, fica flutuando sobre a água, como uma grande boia com uma turbina. Seu funcionamento, no entanto, é bastante semelhante. A passagem de ondas movimenta um pistão interno, que ativa a turbina para gerar eletricidade.
Dispositivo overtopping
Este tipo de tecnologia funciona como uma balsa no oceano. É como uma grande caixa flutuante, que enche-se de água à medida que as ondas passagem. Em seu fundo, há uma turbina. Quando o dispositivo enche, como se fosse uma barragem, libera-se a passagem para a turbina.
A gravidade empurra a água para aquela passagem, fazendo com que a turbina funcione enquanto o dispositivo esvazia-se para iniciar um novo ciclo. A turbina converte seu movimento em energia elétrica.