A utilização de combustíveis fósseis como fonte de energia é a principal forma de obtenção energética do planeta. Somando-se os três principais combustíveis fósseis – carvão mineral, gás natural e petróleo – quase 70% da energia mundial é obtida a partir desta fonte.
No Brasil, há uma participação muito maior de hidrelétricas do que a queima destes recursos naturais, em função do favorecimento geográfico e do espaço disponível no país. Ainda assim, os combustíveis fósseis são fonte relevante da matriz energética nacional.
A utilização dos combustíveis fósseis é um tipo de energia não renovável, pois baseia-se na extração e queima de recursos naturais, cuja formação leva milhões de anos sob condições de pressão e temperatura muito específicos.
Entender como funciona – e quais são as implicações da utilização – dos combustíveis fósseis é compreender boa parte dos conflitos e ações que moldaram nosso planeta nos últimos séculos. Confira o guia básico sobre combustíveis fósseis, e conheça um pouco mais sobre o tema:
Como funciona a geração de energia com combustíveis fósseis
A energia elétrica formada a partir de combustíveis fósseis apresenta um método típico de geração: a combustão dos recursos mineirais, que podem ser gás natural, petróleo ou carvão mineral, aquece tanques de água a altas temperaturas, formando vapor em alta pressão.
O vapor em alta pressão circula por turbinas com pás, que utilizam a energia cinética recebida em suas pás por este vapor em movimento para ativar o gerador. O gerador é o responsável por transformar todo este trabalho em energia elétrica na rede, que pode ser distribuída e gerenciada de acordo com a necessidade do mercado.
Além das atividades ocorridas dentro da usina, a geração através destes minerais envolve, ainda, um processo de extração complexo. A extração destes materiais pode ocorrer, até mesmo, de forma submarina – exemplo do popular petróleo no “pré-sal” brasileiro.
Após extraído, todo o material precisa ser transportado e beneficiado – atividades realizadas com milhares de toneladas por vez, o que demonstra a complexidade de uma indústria que determina todas as atividades globais que dependam de energia elétrica.
Um pouco de história
Os recursos minerais que hoje são utilizados como combustíveis, sempre foram conhecidos pelos povos que viviam junto a eles. As civilizações mais antigas, por exemplo, costumavam utilizar petróleo como fonte de iluminação através de tochas e como medicamento para cicatrizar feridas.
Foi a partir da revolução industrial, no entanto, que o primeiro recurso mineral começou a ser utilizado como fonte energética de forma intensiva: o carvão mineral alimentou fábricas e trens, causando os primeiros efeitos de poluição massiva em cidades.
Já no século XIX, a utilização do petróleo passou de um óleo pesado passado em feridas, para o óleo que movimentou a economia global e moldou as estruturas políticas do planeta – iniciando-se pela atuação da Standard Oil, nos EUA, e espalhando-se pelo mundo.
A questão ambiental
A utilização de combustíveis fósseis gera diversos tipos de discussões ambientais. Séculos atrás, quando o carvão mineral foi utilizado de forma intensiva em Londres, um pedestre poderia passar o dedo na calçada, e observar uma grossa camada de poeira negra, resultante das chaminés das fábricas.
O exemplo inglês, no entanto, não impediu que a utilização de combustíveis naturais fosse espalhada pelo mundo. Além da poluição da queima dos combustíveis, há a poluição de sua extração, que esgota e inutiliza grandes área do planeta.
Além disso, a velocidade da extração e do consumo destes recursos é incalculavelmente mais rápida do que a formação destes minerais sob o solo terrestre, o que indica que – eventualmente – que sua disponibilidade irá acabar. Por isso, discute-se a adoção de fontes renováveis de energia, e alternativas para o não esgotamento destas matérias primas.